A História do Cinema - Pensando o Cinema

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Hey blossoms! Finalmente, tive uma brecha para respirar e vir aqui ao blog! Hoje, vou dar segmento ao post da semana passado, feito no blog da minha melhor amiga (que também mudou de nome, The 90's Girl) - A Era do Som.


 O Cinema começou a dar os seus primeiros passos há já algum tempo, como nós já havíamos mencionado (desde 1889), e os envolvidos na prática da denominada sétima arte começaram a pensá-la hipoteticamente. Esta fase do pensamento teórico do cinema pode ser designada como tradição Formativa, isto é, o cinema começou a ser pensado de um modo mais técnico, principalmente no que diz respeito à importância da montagem do filme. Um dos nomes que mais se destacou nesta fase do cinema foi o de Sergei Eisenstein. Citando Quinsani:

«[...] o autor central da categoria formativa, e que mais ganhou projeção, foi Sergei Eisenstein. Boa parte de sua reflexão está associada à execução de suas obras, que tiveram grande reverberação em todo o mundo. Seus principais livros são: A forma do filme e O sentido do filme. Toda sua reflexão gira em torno da montagem, considerada o eixo central da estruturação do fazer cinematográfico e de sua teorização. [...]».

Contudo, esta forma de pensar não levaria o Cinema muito longe; ao que ele é nos dias de hoje. A partir da década de 20 começou se a ter uma perspectiva para além dos elementos técnicos. O crítico de cinema e realizador húngaro, Bela Balázs, argumentou que David W. Griffith, com a sua técnica de montagem fragmentária de cenas, inovou o modo de se contar histórias possibilitando novas perspectivas para o olhar do espectador. As novas tecnologias vieram também a contribuir para a evolução da imagem cinematográfica.


Na segunda metade do século XX ocorre a resposta em contestação à tradição Normativa. Contra o carácter político que a tradição Formativa conferia ao Cinema, passou-se a argumentar que a realidade captada pelas telas vinham acima de qualquer significado que o filme tivesse como objetivo incutir. Siegfried Kracauer e André Bazin são os grandes nomes desse movimento. Citando Kracauer:

«[...] Elabora o conceito de abordagem cinemática, na qual o cineasta tem em sua mente a intenção do registro do real e do registro cinematográfico desse real. O cinema só tende a perder seu caráter específico quando é enquadrado como arte tradicional, pois esta só pode ser pensada a partir da transcendência pela imaginação daquilo que aborda. A realidade está mais explícita a partir do cinema na medida em que expressa os significados do mundo.[...]».

André Bazin, crítico e teórico de cinema francês, contribuiu para a criação de grande parte das tendências teóricas que ainda hoje vigoram no mundo da cinegrafia.

Então, é tudo meninas que tenho para vos falar do pensamento cinema. Próximo post em The 90's Girl

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