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Resenha: Como eu era antes de você
Hey little girls!! No fim de semana estive com a minha melhor amiga e para variar um pouco assistimos filmes. Acabamos de ver o insidious 2 e vimos o Insidious 3 (vai morrer capeta de um raio que quase nos matavas com tanta convulsão e grito!), depois começamos a ver Equals, é mas estava tanto calor que nem deu vontade de pensar e aquilo dá que pensar então nós desistimos e fomos ver o Como eu era antes de você. Eu digo vos... eu já tinha visto num blog (peço desculpa por não me lembrar do nome) a resenha do livro e dizia algo na introdução do estilo ''...é aquele livro que você quer que aconteça algo e acontece o oposto e você fica chateada...'', é... tal e qual o filme! ODIEI, simplesmente isso!
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Como eu era antes de você (PT-Br) / Viver depois de ti (PT-Pt), com Emilia Clarke, Sam Claflin, Jenna Coleman, Charles Dance, Steve Peacocke, Lily Travers
Realização: Thea Sharrock
Argumento: Scott Neustadter, Michael H. Weber, Jojo Moyes
Duração: 110 minutos
Género: Romance, Drama, Comédia
Origem: Reino Unido
Classificação (IMDb): 7,6/10
Baseado no livro de Jojo Moyes ''Me before you''
Rico e bem sucedido, Will (Sam Claflin) leva uma vida repleta de conquistas, viagens e desportos radicais até ser atingido por uma moto, ao atravessar a rua num dia chuvoso. O acidente torna-o tetraplégico, perpetuando-o a uma cadeira de rodas.
A situação pela qual passa todos os dias, o facto de ter ficado preso a uma cadeira de rodas, ter perdido tudo o que conquistou ao longo da sua vida torna-o depressivo e extremamente frio e agressivo, para com a preocupação dos seus pais (Janet McTeer e Charles Dance). Will dá seis meses aos pais para eles se habituarem à ideia de que não o vão ter nunca mais por perto, pois este tem em mente acabar com a sua vida. Este fez um acordo com uma empresa suíça, a qual o ajudará na sua morte medicamente assistida (eutanásia).
Neste contexto Louisa Clark (Emilia Clarke) é contratada pela mãe de Will para cuidar dele e para o tentar convencer a desistir de tal ideia. Louisa Clark de origem modesta, com dificuldades financeiras e sem grandes aspirações na vida, faz o possível para melhorar o estado de espírito de Will e, aos poucos, acaba por se envolver com ele.
Passam-se os seis meses, e mesmo com os impossíveis e possíveis que Lou fez para melhorar o estado de espirito de Will, este não tira da cabeça a ideia de morrer. Nem mesmo após a viagem deles. Lou fica magoada e vai se embora. Porém depois de conversar com a irmã e com o pai, ela percebe que deveria ter ficado ao lado dele até ao último minuto. Viaja então para a suiça e fica com o Will até ao seu último suspiro.
Finalmente, Lou viaja para Paris, e lê a carta que Will lhe deixa. Na carta ele incentiva a e diz que lhe deixou uma boa quantia de dinheiro para ela se ''arranjar'' na vida.
Juro-vos, eu não consegui chorar! Eu fiquei com raiva do Will, se calhar porque sou uma romântica incurável e o amor é feito de esforços e sacrifícios. Aspeto número 1, o Will não precisava de ficar tão frustrado com a vida. Sim, não é fácil ser submetido às circunstâncias da vida, em algum momento da mesma todos nós somos metidos à prova. Ele foi fraco e egoísta. Incapaz de pensar que deixaria a mãe e a mulher que o ama a sofrer.
Ele teve muita coisa na vida por curta que ela tenha sido, teve coisas que muitas pessoas nunca tiveram nem nunca vão ter. Ele achava-se um fracassado por ter sido perpetuado a uma cadeira de rodas. Então e as pessoas que nascem com problemas motores e nunca fizeram na vida o que ele fez, também têm que cometer eutanásia? Sabem o que é? Menino mimado e riquinho! Se fosse uma doença terminal eu acho que toda a gente compreenderia, adiar a dor e o sofrimento para quê? Mas não foi o caso, eu sou totalmente a favor da eutanásia e gostava que ela fosse legalizada em muitos mais países, pois nem toda a gente tem possibilidades para viajar. Mas em certos casos torna-se totalmente ridículo e insano.
Há tantas pessoas na mesma situação em que ele estava e não desistiram da vida. Stephen Hawking ele tem um problema bem mais grave, foram lhe dados apenas dois anos de vida após ter sido diagnosticada a doença e ele casou-se teve filhos, ele divorciou-se, voltou-se a casar, continuou a fazer ciência e nunca desistiu da vida, hoje ele tem 74 anos. A vida tem altos e baixos, caso contrário ela simplesmente não existe.
Outra coisa que me irritou um pouco no filme foi o facto dos pais e da irmã da Lou se referirem a ela como se ela fosse tipo uma fonte de rendimento, como que se fosse apenas para isso que ela serve. Eu sinto muito por pessoas como a Lou, que são bondosas e sofrem nas mãos de outras. E nem pensem em vir com o argumento de ''ah os pais já gastaram dinheiro com ela...''; sim ela também não pediu para nascer.
Detestei o filme nesse sentido... Eu sei que existem pessoas assim, mas eu só acho que deviam pensar muito bem antes de o fazer... Ainda para mais ele, que tinha tudo! Parece que a mensagem do filme foi algo do estilo: os ''deficientes'' não têm direito à vida. O final na minha opinião foi muito deprimente. Eles deviam ter dado outro final, para desgraça já basta o dia a dia... no qual vemos atentados e etc.
Mesmo que eu tenha ficado desiludida com o final, que na minha opinião apenas o final estragou tudo porque ele pagou de menino mimado, é um bom filme, repleto de bons atores, uma banda sonora extraordinária. Recomendo a verem o filme e lerem o livro (eu também vou ler!), e não digam ''Mas se já vi o filme...'', nada a ver... O livro tem sempre mais detalhes e estimula a nossa mente, portanto.
Sendo imparcial, fazendo uma tábua rasa na minha mente, Jojo Moyes esteve bem, creio que ela quis fazer diferente de tudo o que está convencionado na nossa sociedade, invés de um final feliz foi um final improvável. Ela retratou o real e embora tivesse custado a muitos dos seguidores do filme e do livro, nós sabemos que é verdade, que existem pessoas como o Will e pessoas como a Lou.
| Jojo Moyes |
Pauline Sara Jo Moyes, ou frequentemente conhecida como Jojo Moyes, nasceu a 4 de Agosto de 1969 em Londres, e é uma escritora e jornalista. Mãe de três filhos, conta com várias obras desde Me Before You (2012), Honeymoon in Paris (2012), The Girl You Left Behind (2012), After You (2015), entre outras.
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| Livros de Jojo Moyes |




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